Depois de duas semanas, finalmente fui autorizado pelos
especialistas a dar alguns trotinhos pela cidade. No dia 8 de julho, sofri
agudas e doloridas pontadas no joelho esquerdo, que continuaram por horas a fio e fizeram com que eu buscasse
ajuda no pronto socorro.
Não houve, como eu temia, fratura por estresse –seria a
quarta na minha curta vida de corredor--, mas as cartilagens do joelho estão
bem desbagaçadas.
Fiquei alguns dias de molho e, depois, passei a fazer
caminhadas diárias para não perder a contagem de quilômetros; afinal, pretendo
percorrer, até o final deste ano de meu sexagenário, distância equivalente à de
sessenta maratonas. Não posso deixar muitos dias passarem em branco porque daí
a coisa desanda e pode se tornar muito difícil alcançar a meta.
Na segunda-feira última, dei minha primeira corrida nesta
etapa de recuperação. Foi um trote aos soluços, às golfadas, digamos assim:
pequeníssimos duzentos metros de trote intercalados com oitocentos metros de
caminhada, termina e repete, termina e repete até completar seis míseros
blocos.
Melhor do que nada. Mais que isso: alvissareiro, quiçá
entusiasmante. Os bloquinhos de duzentos metros me fizeram acreditar que posso
correr, que não esqueci como fazer uma corrida, ainda que uma corridinha.
Agora é descansar, recuperar e voltar à luta; essas palavras
de ordem são minha versão particular da consigna do MST “Ocupar, resistir,
produzir”. Em que o “produzir” é o correr.
Resistir é manter as caminhadas enquanto não dá para correr.
E foi caminhando que cheguei até a Cidade Universitária,
nesta última quarta-feira, para conversar com uma pessoa sensacional, a
economista Leda Paulani.
Percurso até a Faculdade de Economia da USP |
Eu já a conhecia de nome e pelas suas obras, textos analíticos
rigorosos e compreensíveis até mesmo para mim. Há intelectuais que fazem do
hermetismo uma barreira, uma paredão de proteção de sua torre de marfim;
Paulani é o contrário: se joga para a sociedade, vai às ruas falar com quem
quiser lhe ouvir.
Foi na rua, por sinal que a vi ao vivo e em cores pela
primeira vez, em uma aula pública na avenida Paulista. Fiquei impressionado com
seu jeito simples de transmitir ideias e conceitos complexos, a clareza de
raciocínio.
Mais
recentemente, tive a oportunidade de conhecê-la um pouco melhor porque nós dois
participamos do grupo que discutiu a formulação do manifesto do Projeto Brasil
Nação, uma proposta produzida por “um grupo de brasileiros preocupados com a crescente divisão da sociedade
brasileira”, como diz o professor Luiz Carlos Bresse-Pereira, que atuou como
patrono dos trabalhos.
Ao lado de
Bresser e de Celso Amorim, ex-ministro dos governos Lula e Dilma Celso, Paulani
teve papel importante no aprimoramento da proposta econômica que é o coração do
manifesto.
Esse foi o
tema de nossa conversa na manhã ensolarada de quarta-feira, no seu espartano
escritório na área dos professores da FEA-USP (Faculdade de Economia,
Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo). O resultado está
neste vídeo:
O texto
integral do MANIFESTO DO PROJETO BRASIL NAÇÃO é este:
"O Brasil vive uma crise sem precedentes. O desemprego atinge níveis
assustadores. Endividadas, empresas cortam investimentos e vagas. A indústria
definha, esmagada pelos juros reais mais altos do mundo e pelo câmbio
sobreapreciado. Patrimônios construídos ao longo de décadas são
desnacionalizados.
Mudanças nas regras de conteúdo local atingem a produção nacional. A
indústria naval, que havia renascido, decai. Na infraestrutura e na construção
civil, o quadro é de recuo. Ciência, cultura, educação e tecnologia sofrem
cortes.
Programas e direitos sociais estão ameaçados. Na saúde e na Previdência,
os mais pobres, os mais velhos, os mais vulneráveis são alvo de abandono.
A desigualdade volta a aumentar, após um período de ascensão dos mais
pobres. A sociedade se divide e se radicaliza, abrindo espaço para o ódio e o
preconceito.
No conjunto, são as ideias de nação e da solidariedade nacional que
estão em jogo. Todo esse retrocesso tem apoio de uma coalizão de classes
financeiro-rentista que estimula o país a incorrer em deficits em conta
corrente, facilitando assim, de um lado, a apreciação cambial de longo prazo e
a perda de competitividade de nossas empresas, e, de outro, a ocupação de nosso
mercado interno pelas multinacionais, os financiamentos externos e o comércio
desigual.
Esse ataque foi desfechado num momento em que o Brasil se projetava como
nação, se unindo a países fora da órbita exclusiva de Washington. Buscava
alianças com países em desenvolvimento e com seus vizinhos do continente,
realizando uma política externa de autonomia e cooperação. O país construía
projetos com autonomia no campo do petróleo, da defesa, das relações
internacionais, realizava políticas de ascensão social, reduzia desigualdades,
em que pesem os efeitos danosos da manutenção dos juros altos e do câmbio
apreciado.
Para o governo, a causa da grande recessão atual é a irresponsabilidade
fiscal; para nós, o que ocorre é uma armadilha de juros altos e de câmbio
apreciado que inviabiliza o investimento privado. A política macroeconômica que
o governo impõe à nação apenas agravou a recessão. Quanto aos juros altíssimos,
alega que são “naturais”, decorrendo dos déficits fiscais, quando, na verdade,
permaneceram muito altos mesmo no período em que o país atingiu suas metas de
superávit primário (1999-2012).
Buscando reduzir o Estado a qualquer custo, o governo corta gastos e
investimentos públicos, esvazia o BNDES, esquarteja a Petrobrás, desnacionaliza
serviços públicos, oferece grandes obras públicas apenas a empresas
estrangeiras, abandona a política de conteúdo nacional, enfraquece a indústria
nacional e os programas de defesa do país, e liberaliza a venda de terras a
estrangeiros, inclusive em áreas sensíveis ao interesse nacional.
Privatizar e desnacionalizar monopólios serve apenas para aumentar os
ganhos de rentistas nacionais e estrangeiros e endividar o país.
O governo antinacional e antipopular conta com o fim da recessão para se
declarar vitorioso. A recuperação econômica virá em algum momento, mas não
significará a retomada do desenvolvimento, com ascensão das famílias e avanço
das empresas. Ao contrário, o desmonte do país só levará à dependência colonial
e ao empobrecimento dos cidadãos, minando qualquer projeto de desenvolvimento.
Para voltar a crescer de forma consistente, com inclusão e
independência, temos que nos unir, reconstruir nossa nação e definir um projeto
nacional. Um projeto que esteja baseado nas nossas necessidades,
potencialidades e no que queremos ser no futuro. Um projeto que seja fruto de
um amplo debate.
É isto que propomos neste manifesto: o resgate do Brasil, a construção nacional.
É isto que propomos neste manifesto: o resgate do Brasil, a construção nacional.
Temos todas as condições para isso. Temos milhões de cidadãos criativos,
que compõem uma sociedade rica e diversificada. Temos música, poesia, ciência,
cinema, literatura, arte, esporte – vitais para a construção de nossa
identidade.
Temos riquezas naturais, um parque produtivo amplo e sofisticado,
dimensão continental, a maior biodiversidade do mundo. Temos posição e peso
estratégicos no planeta. Temos histórico de cooperação multilateral, em defesa
da autodeterminação dos povos e da não intervenção.
O governo reacionário e carente de legitimidade não tem um projeto para
o Brasil. Nem pode tê-lo, porque a ideia de construção nacional é inexistente
no liberalismo econômico e na financeirização planetária.
Cabe a nós repensarmos o Brasil para projetar o seu futuro – hoje
bloqueado, fadado à extinção do empresariado privado industrial e à miséria dos
cidadãos.
Nossos pilares são: autonomia nacional, democracia, liberdade individual, desenvolvimento econômico, diminuição da desigualdade, segurança e proteção do ambiente – os pilares de um regime desenvolvimentista e social.
Nossos pilares são: autonomia nacional, democracia, liberdade individual, desenvolvimento econômico, diminuição da desigualdade, segurança e proteção do ambiente – os pilares de um regime desenvolvimentista e social.
Para termos autonomia nacional, precisamos de uma política externa
independente, que valorize um maior entendimento entre os países em
desenvolvimento e um mundo multipolar.
Para termos democracia, precisamos recuperar a credibilidade e a transparência dos poderes da República. Precisamos garantir diversidade e pluralidade nos meios de comunicação. Precisamos reduzir o custo das campanhas eleitorais, e diminuir a influência do poder econômico no processo político, para evitar que as instituições sejam cooptadas pelos interesses dos mais ricos.
Para termos democracia, precisamos recuperar a credibilidade e a transparência dos poderes da República. Precisamos garantir diversidade e pluralidade nos meios de comunicação. Precisamos reduzir o custo das campanhas eleitorais, e diminuir a influência do poder econômico no processo político, para evitar que as instituições sejam cooptadas pelos interesses dos mais ricos.
Para termos Justiça precisamos de um Poder Judiciário que atue nos
limites da Constituição e seja eficaz no exercício de seu papel. Para termos
segurança, precisamos de uma polícia capacitada, agindo de acordo com os
direitos humanos.
Para termos liberdade, precisamos que cada cidadão se julgue responsável
pelo interesse público.
Precisamos estimular a cultura, dimensão fundamental para o
desenvolvimento humano pleno, protegendo e incentivando as manifestações que
incorporem a diversidade dos brasileiros.
Para termos desenvolvimento econômico, precisamos de investimentos
públicos (financiados por poupança pública) e principalmente investimentos
privados. E para os termos precisamos de uma política fiscal, cambial
socialmente responsáveis; precisamos juros baixos e taxa de câmbio competitiva;
e precisamos ciência e tecnologia.
Para termos diminuição da desigualdade, precisamos de impostos
progressivos e de um Estado de bem-estar social amplo, que garanta de forma
universal educação, saúde e renda básica. E precisamos garantir às mulheres,
aos negros, aos indígenas e aos LGBT direitos iguais aos dos homens brancos e
ricos.
Para termos proteção do ambiente, precisamos cuidar de nossas florestas, economizar energia, desenvolver fontes renováveis e participar do esforço para evitar o aquecimento global.
Para termos proteção do ambiente, precisamos cuidar de nossas florestas, economizar energia, desenvolver fontes renováveis e participar do esforço para evitar o aquecimento global.
Neste manifesto inaugural estamos nos limitando a definir as políticas
públicas de caráter econômico. Apresentamos, assim, os cinco pontos econômicos
do Projeto Brasil Nação.
1 Regra fiscal que permita a atuação contracíclica do gasto público e
assegure prioridade à educação e à saúde
2 Taxa básica de juros em nível mais baixo, compatível com o praticado por economias de estatura e grau de desenvolvimento semelhantes aos do Brasil
3 Superávit na conta corrente do balanço de pagamentos que é necessário para que a taxa de câmbio seja competitiva
4 Retomada do investimento público em nível capaz de estimular a economia e garantir investimento rentável para empresários e salários que reflitam uma política de redução da desigualdade
5 Reforma tributária que torne os impostos progressivos
2 Taxa básica de juros em nível mais baixo, compatível com o praticado por economias de estatura e grau de desenvolvimento semelhantes aos do Brasil
3 Superávit na conta corrente do balanço de pagamentos que é necessário para que a taxa de câmbio seja competitiva
4 Retomada do investimento público em nível capaz de estimular a economia e garantir investimento rentável para empresários e salários que reflitam uma política de redução da desigualdade
5 Reforma tributária que torne os impostos progressivos
Esses cinco pontos são metas intermediárias, são políticas que levam ao
desenvolvimento econômico com estabilidade de preços, estabilidade financeira e
diminuição da desigualdade. São políticas que atendem a todas as classes exceto
a dos rentistas.
A missão do Projeto Brasil Nação é pensar o Brasil, é ajudar a refundar
a nação brasileira, é unir os brasileiros em torno das ideias de nação e
desenvolvimento – não apenas do ponto de vista econômico, mas de forma
integral: desenvolvimento político, social, cultural, ambiental; em síntese,
desenvolvimento humano. Os cinco pontos econômicos do Projeto Brasil são seus
instrumentos – não os únicos instrumentos, mas aqueles que mostram que há uma
alternativa viável e responsável para o Brasil.
Estamos hoje, os abaixo assinados, lançando o Projeto Brasil Nação e
solicitando que você também seja um dos seus subscritores e defensores."
30 de março de 2017
Bresser-Preira discursa no ato de lançamento do manifesto do Projeto Brasil Nação; Leda Paulani está à dir., de blusa branca |
Subscritores originais
- LUIZ
CARLOS BRESSER-PEREIRA, economista
- ELEONORA
DE LUCENA,
jornalista
- CELSO
AMORIM,
embaixador
- RADUAN
NASSAR,
escritor
- CHICO
BUARQUE DE HOLLANDA, músico e escritor
- MARIO
BERNARDINI,
engenheiro
- FERNANDO
BUENO,
empresário
- ROGÉRIO
CEZAR DE CERQUEIRA LEITE, físico
- ROBERTO
SCHWARZ,
crítico literário
- PEDRO
CELESTINO,
engenheiro
- FÁBIO
KONDER COMPARATO,
jurista
- KLEBER
MENDONÇA FILHO,
cineasta
- LAERTE, cartunista
- JOÃO
PEDRO STEDILE, ativista
social
- WAGNER
MOURA,
ator e cineasta
- VAGNER
FREITAS,
sindicalista
- MARGARIDA
GENEVOIS,
ativista de direitos humanos
- FERNANDO
HADDAD, professor
universitário
- MARCELO
RUBENS PAIVA,
escritor
- MARIA
VICTORIA BENEVIDES, socióloga
- LUIZ
COSTA LIMA,
crítico literário
- CIRO
GOMES,
político
- LUIZ
GONZAGA DE MELLO BELLUZZO, economista
- ALFREDO
BOSI,
crítico e historiador
- ECLEA
BOSI,
psicóloga
- LUIS
FERNANDO VERÍSSIMO, escritor
- MANUELA
CARNEIRO DA CUNHA ,
antropóloga
- FERNANDO
MORAIS,
jornalista
- LEDA
PAULANI,
economista
- ANDRÉ
SINGER,
cientista político
- PAUL
SINGER, economista
- LUIZ
CARLOS BARRETO,
cineasta
- PAULO
SÉRGIO PINHEIRO,
sociólogo
- MARIA
RITA KEHL,
psicanalista
- ERIC
NEPOMUCENO,
jornalista
- CARINA
VITRAL,
estudante
- LUIZ
FELIPE DE ALENCASTRO, historiador
- ROBERTO
SATURNINO BRAGA,
engenheiro e político
- ROBERTO
AMARAL,
cientista político
- EUGENIO
ARAGÃO,
subprocurador geral da república
- ERMÍNIA
MARICATO,
arquiteta
- TATA
AMARAL,
cineasta
- MARCIA
TIBURI, filósofa
- NELSON
BRASIL, engenheiro
- GILBERTO
BERCOVICI,
advogado
- OTAVIO
VELHO,
antropólogo
- GUILHERME
ESTRELLA,
geólogo
- JOSÉ
GOMES TEMPORÃO,
médico
- LUIZ
ALBERTO DE VIANNA MONIZ BANDEIRA, historiador
- FREI
BETTO,
religioso e escritor
- HÉLGIO
TRINDADE,
cientista político
- RENATO
JANINE RIBEIRO,
filósofo
- ENNIO
CANDOTTI, físico
- SAMUEL
PINHEIRO GUIMARÃES, embaixador
- FRANKLIN
MARTINS,
jornalista
- MARCELO
LAVENERE,
advogado
- BETE
MENDES, atriz
- JOSÉ
LUIZ DEL ROIO,
ativista político
- VERA
BRESSER-PEREIRA,
psicanalista
- AQUILES
RIQUE REIS,
músico
- RODOLFO
LUCENA,
jornalista
- MARIA
IZABEL AZEVEDO NORONHA, professora
- JOSÉ
MARCIO REGO,
economista
- OLÍMPIO
ALVES DOS SANTOS,
engenheiro
- GABRIEL
COHN,
sociólogo
- AMÉLIA
COHN,
socióloga
- ALTAMIRO
BORGES,
jornalista
- REGINALDO
MATTAR NASSER,
sociólogo
- JOSÉ
JOFFILY, cineasta
- ISABEL
LUSTOSA,
historiadora
- ODAIR
DIAS GONÇALVES,
físico
- PEDRO
DUTRA FONSECA,
economista
- ALEXANDRE
PADILHA,
médico
- RICARDO
CARNEIRO,
economista
- JOSÉ
VIEGAS FILHO,
diplomata
- PAULO
HENRIQUE AMORIM,
jornalista
- PEDRO
SERRANO,
advogado
- MINO
CARTA,
jornalista
- LUIZ
FERNANDO DE PAULA,
economista
- IRAN
DO ESPÍRITO SANTOS, artista
- HILDEGARD
ANGEL,
jornalista
- PEDRO
PAULO ZALUTH BASTOS, economista
- SEBASTIÃO
VELASCO E CRUZ,
cientista político
- MARCIO
POCHMANN,
economista
- LUÍS
AUGUSTO FISCHER, professor
de literatura
- MARIA
AUXILIADORA ARANTES, psicanalista
- ELEUTÉRIO
PRADO, economista
- HÉLIO
CAMPOS MELLO,
jornalista
- ENY
MOREIRA,
advogada
- NELSON
MARCONI, economista
- SÉRGIO
MAMBERTI,
ator
- JOSÉ
CARLOS GUEDES,
psicanalista
- JOÃO
SICSÚ,
economista
- RAFAEL
VALIM, advogado
- MARCOS
GALLON,
curador
- MARIA
RITA LOUREIRO,
socióloga
- ANTÔNIO
CORRÊA DE LACERDA,
economista
- LADISLAU
DOWBOR, economista
- CLEMENTE
LÚCIO,
economista
- ARTHUR
CHIORO,
médico
- TELMA
MARIA GONÇALVES MENICUCCI, cientista política
- NEY
MARINHO,
psicanalista
- FELIPE
LOUREIRO,
historiador
- EUGÊNIA
AUGUSTA GONZAGA, procuradora
- CARLOS
GADELHA, economista
- PEDRO
GOMES,
psicanalista
- CLAUDIO
ACCURSO,
economista
- EDUARDO
GUIMARÃES,
jornalista
- REINALDO
GUIMARÃES, médico
- CÍCERO
ARAÚJO,
cientista político
- VICENTE
AMORIM,
cineasta
- EMIR
SADER,
sociólogo
- SÉRGIO
MENDONÇA,
economista
- FERNANDA
MARINHO,
psicanalista
- FÁBIO
CYPRIANO,
jornalista
- VALESKA
MARTINS,
advogada
- LAURA
DA VEIGA, socióloga
- JOÃO
SETTE WHITAKER FERREIRA, urbanista
- FRANCISCO
CARLOS TEIXEIRA DA SILVA, historiador
- CRISTIANO
ZANIN MARTINS,
advogado
- SÉRGIO
BARBOSA DE ALMEIDA, engenheiro
- FABIANO
SANTOS,
cientista político
- NABIL
ARAÚJO,
professor de letras
- MARIA
NILZA CAMPOS, psicanalista
- LEOPOLDO
NOSEK,
psicanalista
- WILSON
AMENDOEIRA,
psicanalista
- NILCE
ARAVECCHIA BOTAS,
arquiteta
- PAULO
TIMM, economista
- MARIA
DA GRAÇA PINTO BULHÕES, socióloga
- OLÍMPIO
CRUZ NETO,
jornalista
- RENATO
RABELO,
político
- MAURÍCIO
REINERT DO NASCIMENTO, administrador
- ADHEMAR
BAHADIAN,
embaixador
- ANGELO
DEL VECCHIO,
sociólogo
- MARIA
THERESA DA COSTA BARROS, psicóloga
- GENTIL
CORAZZA,
economista
- LUCIANA
SANTOS,
deputada
- RICARDO
AMARAL,
jornalista
- BENEDITO
TADEU CÉSAR,
economista
- AÍRTON
DOS SANTOS,
economista
- JANDIRA
FEGHALI,
deputada
- LAURINDO
LEAL FILHO,
jornalista
- ALEXANDRE
ABDAL,
sociólogo
- LEONARDO
FRANCISCHELLI,
psicanalista
- MARIO
CANIVELLO,
jornalista
- MARIO
RUY ZACOUTEGUY, economista
- ANNE
GUIMARÃES,
cineasta
- ROSÂNGELA
RENNÓ, artista
- EDUARDO
FAGNANI, economista
- REBECA
SCHWARTZ, psicóloga
- MOACIR
DOS ANJOS, curador
- REGINA
GLORIA NUNES DE ANDRADE, psicóloga
- RODRIGO
VIANNA,
jornalista
- LUCAS
JOSÉ DIB, cientista
político
- WILLIAM
ANTONIO BORGES,
administrador
- PAULO
NOGUEIRA,
jornalista
- OSWALDO
DORETO CAMPANARI,
médico
- CARMEM
DA COSTA BARROS,
advogada
- EDUARDO
PLASTINO,
consultor
- ANA
LILA LEJARRAGA,
psicóloga
- CASSIO
SILVA MOREIRA,
economista
- MARIZE
MUNIZ,
jornalista
- VALTON
MIRANDA,
psicanalista
- MIGUEL
DO ROSÁRIO,
jornalista
- HUMBERTO
BARRIONUEVO FABRETTI, advogado
- FABIAN
DOMINGUES, economista
- KIKO
NOGUEIRA,
jornalista
- FANIA
IZHAKI, psicóloga
- CARLOS
HENRIQUE HORN,
economista
- BETO
ALMEIDA,
jornalista
- JOSÉ
FRANCISCO SIQUEIRA NETO, advogado
- PAULO
SALVADOR,
jornalista
- WALTER
NIQUE,
economista
- CLAUDIA
GARCIA,
psicóloga
- LUIZ
CARLOS AZENHA,
jornalista
- RICARDO
DATHEIN,
economista
- ETZEL
RITTER VON STOCKERT, matemático
- ALBERTO
PASSOS GUIMARÃES FILHO, físico
- BERNARDO
KUCINSKI, jornalista
e escritor
- DOM
PEDRO CASALDÁLIGA,
religioso
- ENIO
SQUEFF, artista
plástico
- FERNANDO
CARDIM DE CARVALHO, economista
- GABRIEL
PRIOLLI,
jornalista
- GILBERTO
MARINGONI,
professor de relações internacionais
- HAROLDO
CERAVOLO SEREZA, jornalista
e editor
- HAROLDO
LIMA, político
e engenheiro
- HAROLDO
SABOIA, constituinte
de 88, economista
- AFRÂNIO
GARCIA, cientista
social
- IGOR
FELIPPE DOS SANTOS, jornalista
- JOSÉ
EDUARDO CASSIOLATO, economista
- JOSÉ
GERALDO COUTO,
jornalista e tradutor
- LISZT
VIEIRA, advogado
e professor universitário
- LÚCIA
MURAT, cineasta
- LUIZ
ANTONIO CINTRA,
jornalista
- LUIZ
PINGUELLI ROSA, físico,
professor universitário
- MARCELO
SEMIATZH,
fisioterapeuta
- MICHEL
MISSE, sociólogo
- ROGÉRIO
SOTTILI, historiador
- TONI
VENTURI, cineasta
- VLADIMIR
SACCHETTA,
jornalista
- ADRIANO
DIOGO,
político
- MARCELO
AULER,
jornalista
- MARCOS
COSTA LIMA, cientista
político
- RAUL
PONT, historiador
- DANILO
ARAUJO FERNANDES,
economista
- DIEGO
PANTASSO,
cientista político
- ENNO
DAGOBERTO LIEDKE FILHO, sociólogo
- JOÃO
CARLOS COIMBRA, biólogo
- JORGE
VARASCHIN, economista
- RUALDO
MENEGAT,
geólogo
- PATRÍCIA
BERTOLIN, professora
universitária
- MARISA
SOARES GRASSI, procurador
aposentada
- MARIA
ZOPPIROLLI, Advogada
- MARIA
DE LOURDES ROLLEMBERG MOLLO, economista
- LUIZ
ANTONIO TIMM GRASSI, engenheiro
- LIÉGE
GOUVÊIA,
juíza
- LUIZ
JACOMINI,
jornalista
- LORENA
HOLZMANN,
socióloga
- LUIZ
ROBERTO PECOITS TARGA, economista
- ANTONIO
CARLOS DE LACERDA,
economista
- FRANCISCO
WHITAKER, ativista
social
Além desses
subscritores originais, fundadores –pessoas que participaram das discussões
para a elaboração do texto e/ou que foram diretamente convidadas por elas--, mais
de dez mil brasileiros já manifestaram seu apoio a essas ideias. Se você também
quer assinar o MANIFESTO, CLIQUE AQUI.
VAMO QUE
VAMO!!!
Percurso do
dia 28 de julho de 2017 (150° dia de corrida/caminhada no ano)
8,90
quilômetros percorridos em 1h31
Percurso
acumulado no projeto 60M60A
1.600, 81
quilômetros percorridos em 282h38min49
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