Tá certo que o cara está longe de nossa faixa etária e, ao
que parece, não pretende se aposentar tão cedo. Mas, para o mundo das maratonas
competitivas, em que o objetiva é levar uma grana para sustentar a vida,
quarenta anos já é praticamente um ancião.
Mesmo assim, o queniano Keneth Mungara, 41, corre como um
garotinho. Neste último domingo (12.4), detonou o recorde mundial da maratona,
categoria veteranos, que já durava mais de dez anos.
Ele venceu a maratona de Milão em 2h08min44, o que lhe deu
apenas dois segundos de vantagem sobre a marca anterior, estabelecida pelo
mexicano Andres Espinosa em 2003, em Berlim.
Mungara vem “comendo pelas bordas” no circuito internacional
de maratonas, participando de provas menos concorridas e com menor pagamento –foi
quarto vezes campeão da maratona de Toronto, por exemplo.
Ele começou a correr há menos de dez anos, quando já tinha
passado dos 30 e trabalhava em uma barbearia. Muitos de seus clientes eram
corredores famosos, mas Mungara não dava muito por eles: “Posso ganhar desses
caras”, pensava ele.
Não conseguiu, mas também não fez feio. Conquistou sua
primeira vitória em Praga em 2008; lá também estabeleceu o melhor tempo de sua
carreira, 2h07min36 em 2011.
Pode não ser grande coisa, considerando os resultados das
grandes maratonas internacionais de hoje em dia. Mas, em toda a história, há
apenas dois corredores brasileiros com tempos melhores do que o do veterano
campeão: Ronaldo da Costa e Marílson Gomes dos Santos.
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