O grupo de corredores maiores de 50 anos é o que mais cresce
no mundo das maratonas, segundo revelou recente estudo realizado por
pesquisadores dinamarqueses que analisaram resultados de nada menos que 131
maratonas em todo o mundo, de 2008 a 2014.
Segundo o ex-corredor Jens Jakob Andersen, especialista em
estatística que liderou o trabalho, trata-se do mais abrangente estudo de
resultados de maratonas em toda a história: foram examinados dados de 1.815.091
concluintes de provas de 42.195 metros.
Para efeito da análise, os concluintes foram distribuídos
conforme sexo, idade, tempo final, tempos intermediários e outros critérios,
que darão origem a diversas pesquisas mais específicas.
Nem todas as maratonas
tinham todos os registros; quando a sexo, por exemplo, foram identificados 1.423.160
concluintes –68,48% deles homens. Quanto às idades ou faixas etárias, 422.003 estavam adequadamente identificados.
As faixas etárias da terceira idade são as que apresentaram
crescimento mais acentuado no período 2008-2014, como você pode notar no
gráfico abaixo.
Mais especificamente, a classe de 65 a 69 é a que teve maior
crescimento de participação, tanto para mulheres quanto para homens –entre estes,
você pode notar que o crescimento mais forte é na faixa de maiores de 80 anos.
Isso, no entanto, deve ser desconsiderado, segundo me disse Andersen, por causo
do baixo número de participantes nesse segmento.
Também é notável o aumento da participação de mulheres
veteranos, que é mais acentuado do que o de homens. Na categoria 50+, o
crescimento da presença feminina é de 89,70%, contra 54,56% entre os homens. A
diferença na faixa de mulheres de 60-64 é de cerca de 110%; na faixa seguinte,
beira nos 150%!!!!
O coordenador da pesquisa, publicada no RunRepeat (cliqueAQUI para ler a íntegra do texto em inglês), na conversa que tive com ele, preferiu não
formular hipótese sobre as razões dessa acentuada expansão na participação da
turma mais velha.
Talvez a aposentadoria seja uma explicação. A vontade de
retardar o envelhecimento pela prática de exercícios físicos e o uso da corrida
como terapia e forma de ampliar o círculo de amizades também podem ser boas
justificativas.
O certo é que os velhinhos estão firmes na paçoca, como a
gente costumava dizer no Rio Grande do Sul quando eu era guri.
Vamo que vamo!
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