No
Dia da Criança, o povo de
Cachoeirinha, cidade na região
metropolitana de Porto Alegre, vai fazer uma festa diferente. Uma tradicional
corrida do município
lança os holofotes
sobre um problema muito sofrido e pouco divulgado na nossa sociedade:a violência contra os
menores de idade.
A
10ª edição da Rústica contra a Violência Infantil tem
um percurso de 8,5 km para adultos e de 1,5 km para crianças. Haverá também atividades
recrativas e sorteio de brindes.
Não dá mais para fazer
inscrições pela internet,
mas, de qualquer forma, se você
morar na região, dê uma olhada no site
oficial do evento (CLIQUE AQUI). Lá há informações de contato; de repente, ainda é possível fazer inscrições de outra maneira.
Ou dá para ver como você pode colaborar com
as entidades beneficentes que organizam a corrida.
Acho
de extrema importância
que colegas corredores comecem a usar eventos de rua para denunciar problemas
graves de nossa sociedade. Já
temos várias corridas que
procuram divulgar informações
sobre males que nos afligem; a violência contra a criança é uma doença social.
E
não só brasileira. Estudo
realizado pelas Nações
Unidas (clique AQUI) mostra que, em 2002, quase 53 mil crianças morreram
em todo o mundo em 2002 vítimas de homicídios.
A organização Mundial da Saúde estima que 150 milhões
de meninas e 73 milhões de meninos abaixo de 18 anos foram forçados a manter
relações sexuais ou sofreram outras formas de violência sexual que envolveram
contato físico em 2002.
Segundo uma estimativa da OMS, entre 100 milhões e 140 milhões de meninas e mulheres do mundo
sofreram alguma forma de mutilação genital.
Estimativas da OIT (Organização Internacional do
Trabalho) indicam que, em 2004, 218 milhões de crianças participaram de
esquemas de trabalho infantil, das quais 126 milhões em atividades perigosas.
Estimativas
de 2000 sugerem que 5,7 milhões de crianças foram submetidas a esquemas de
trabalho forçado ou escravo, 1,8 milhões se envolveram com a exploração sexual
e a pornografia e 1,2 milhão foram vítimas de tráfico.
Além disso, há a violência secreta, no interior das
casas. Os espancamentos, os abusos sexuais, a intimidação, os maus tratos.
É um tema espinhoso, dolorido para muitos. Mas é
preciso que seja trazido ao debate.
Encontrei na internet uma longa entrevista
de um médico pediatra que fala sobre o assunto. Vale a pena dedicar um tempo
para a leitura. Clique aqui para acessar o texto.
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