Desta vez, Franck Caldeira completou a prova. Não só foi até
o fim como fechou a maratona em tempo suficiente para garantir o índice
olímpico. Foi por pouco, apenas 25 segundos de margem, mas está valendo.
Neste momento, o garoto que um dia foi apontado como
menino-prodígio, esperança brasileira de novas supermarcas na maratona, tem o
terceiro melhor tempo dos maratonistas verde-amarelos.
Foi como esperança nacional, aliás, que ele começou a
maratona em Toronto, nos Jogos Pan-Americanos.
Mas não chegou ao final, tendo
de abandonar a prova por causa de uma lesão no posterior da coxa.
Depois do processo de recuperação –coisa lenta e dolorida,
chata que só ela--, Franck tratou de ver se conseguia voltar a correr bem uma
maratona.
“Foi um ciclo de treinamento muito curto, voltado para obter o índice
e para ver se ele já estava recuperado”, disse seu treinador, Ricardo D`Angelo,
em comunicado à imprensa.
E assim Franck Caldeira entrou na prova em Frankfurt, Alemanha.
Sentindo-se bem, fez grande parte da prova em ritmo na casa dos 3mi10/3min12
por quilômetro. Assim foi até o km 38.
“No km 39, veio a zebra. Acho que foi
falta de treino”, disse ele. O ritmo caiu para 3min20/km, despencou para
3min40, e Franck completou em 2h16min35 (o teto do índice é 2h17).
Isso não dá camisa a ninguém, pois outros corredores estão
disputando o que parece ser apenas uma vaga –considerando o quadro atual,
Marílson Gomes dos Santos (2h11) e Solonei Silva (2h13min15) têm suas vagas virtualmente asseguradas.
Franck sabe disso. Afirmou que a maratona de Frankfurt foi
um incentivo para ele trabalhar mais e melhor na sua preparação, buscando marca
melhor no início do ano que vem.
Potencial para ser mais rápido ele já mostrou
que tem; vamos ver se o confirma no asfalto.
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