Escrevo estas linhas um pouco emocionado, depois de mais uma
vez ler o artigo que BIBA RISSO mandou especialmente para este blog.
Se você não a conhece, não se avexe não. Ela é simplesmente uma cidadã corredora disposta a viver a vida, aproveitando com sofreguidão cada
momento, especialmente agora, quando passa dos 60 anos.
Nem sei como conheci a BIBA. Deve ter sido em alguma rede social ou em alguma das
centenas de corridas paulistanas –se bem me lembro, ela participou de um teste
de percurso de uma São Silvestre em que também estive.
Não importa. O que vale é que agora tenho a oportunidade de
dividir com você a experiência que ela generosamente nos relata.
Neste texto, escrito no início de março, ela diz, por
exemplo: “A corrida me ajudou quando sofri acidentes, contribui para acelerar
minha recuperação, me ajudou a superar momentos tristes e difíceis”. E
completa: “A corrida fez um bem enorme ao meu casamento, já que o meu marido
acabou indo correr também, nos uniu. Fizemos viagens ótimas correndo por esse
mundão”.
Com o quê, paro de falar e deixo que BIBA fale por ela
mesma, enquanto agradeço a ela pela contribuição. As fotos são da página dela em uma rede social, usadas com autorização.
“Meu nome é SILVIA
MARIA RUSSO BURGIERMAN, mas todo mundo me chama de BIBA, desde que eu nasci. Tenho 64 anos, sou casada há quase 43
anos com um dos melhores homens que eu conheço.
Tenho três filhos já quarentões, um netão de 15 anos e uma
netinha de um anos e oito meses, dois presentes que a vida me deu.
Tive por muito tempo, uma lojinha em uma academia de
ginástica, mas ela já fechou há alguns anos. Hoje em dia vivo ocupada, tratando
de ser feliz e de curtir a vida. Vivendo e convivendo!
Estou chegando de uma corridinha deliciosa pela Fonseca
Rodrigues ao parque Villa Lobos e me lembrei de que o Rodolfo Lucena me pediu
um depoimento sobre ser mulher, estar envelhecendo e ser corredora.
Como dizer não a alguém que sempre foi minha inspiração e
com quem eu topei tantas vezes nas minhas corridinhas matinais?
Quem me conhece sabe a "Poliana" incorrigível que
eu sou. Tem gente que até se irrita. Sempre falo que a melhor fase da vida é a
que eu estou.
Tive fases ótimas. A da juventude, a do namoro, a do
casamento, a dos filhos pequenos, tantas! Belos momentos!
Mas, se eu fosse escolher a melhor época, escolheria a que
estou, a dos 60, 64 e meio para ser exata!
Esse negócio de não precisar mais provar nada para ninguém,
de se cobrar cada dia menos, de sentir-se segura, de ser cada dia mais leve,
mais desocupada, de aprender a rir de si própria e das besteiras que faz, é bom
demais!
De não se importar com os detalhes do seu corpo, e sim em
ser uma pessoa melhor a cada dia que passa.
Fora os netos, neto é bom demais!
Quanto a ser corredora, a idade também ajuda.
Costumo falar que habita em mim uma carrasca interior
exigente e disciplinada. Uma horrorosa que me tira da cama antes das 5h para
correr e depois me manda para academia, fazer alongamento, localizada ou
Pilates. Carrasca interior de velhinha é velhinha também, fica mais leve e
menos rigorosa.
Hoje o meu maior objetivo é continuar correndo, ouço os
sinais que o meu corpo me dá, se estou cansada me permito descansar, respeito
meus limites, já não faço mais provas longas e difíceis, não preciso mais ser a
primeira da categoria nas corridas que eu participo. Só quero ser feliz!
Devo muito a esse hábito adquirido há quase 20 anos atrás.
A corrida me ajudou quando sofri acidentes, contribui para
acelerar minha recuperação, me ajudou a superar momentos tristes e difíceis.
A corrida fez um bem enorme ao meu casamento, já que o meu
marido acabou indo correr também, nos uniu. Fizemos viagens ótimas correndo por
esse mundão.
A corrida me deu qualidade de vida, saúde, garra, autoestima,
momentos incríveis e amigos maravilhosos.
Enquanto der, enquanto eu puder, quero continuar correndo.
Porque quem corre é mais feliz. Tenho certeza!
Bons treinos para todos e vamoquevamo!"
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