25.3.15

Velhinhos brasileiros vão bem de saúde mental, mas precisam ter mais amigos

A rigor, a rigor, considerando os critérios da Organização Mundial da Saúde e do IBGE, o título acima está errado. Isso porque essas instituições consideram “velhos” pessoas de 60 anos ou mais. Acontece que nem todas as pesquisas do mundo usam os mesmo critérios.

Esta que estou usando neste texto, por exemplo, examina as condições de pessoas de mais de 50 anos em 12 países para tentar chegar a um denominador comum sobre o bem estar dos veteranos em cada um dos lugares analisados. 

A pesquisa foi feita para a construção do Indicador Global da Situação da Velhice (o nome em inglês é Global AgeWatch Index 2014) e analisou dados de 96 países.

O Brasil está na parte alta da metade de baixo da tabela, no posto número 58. Mas se saiu bem em alguns dos critérios da pesquisa, como segurança de renda (14ª posição) e saúde da nossa turma (43º lugar). Desandou, porém, quando foram analisadas as condições de inclusão social e oferta de oportunidades para o idoso se manter ativo, como você pode ver no quadro abaixo.


O pessoal do jornal britânico “Guardian” deu uma olhada mais amiudada sobre os dados e produziu uma tabela sobre bem estar geral, baseada em três critérios: bem estar mental relativo (% de pessoas de mais de 50 anos que consideram que sua vida tem sentido, em comparação com % de pessoas de 35 a 49 anos); taxa de pobreza na velhice (% de pessoas maiores de 60 anos com renda inferior à média nacional); e sociabilidade (% de maiores de 50 anos com amigos ou parentes que podem recorrer em caso de problema).

Bueno, o jornal escolheu 12 países, de forma arbitrária, e criou três estágios –melhores, médios e piores. O Brasil fica entre os melhores no primeiro item --bem estar mental relativo; está na média no que se refere à taxa de pobreza e entre os piores nas conexões sociais. Veja como ficou o gráfico produzido pelo “Guardian”.


Como você se sente em relação a esses critérios?

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