O fato de a gente já ter dobrado o cabo da Boa Esperança no
que se refere à idade não quer dizer que vamos abdicar de aproveitar as coisas
boas que a tecnologia nos oferece.
Nem sempre a gente consegue estar atualizado ou compreender
direito o funcionamento de algumas traquitanas; outras, por sua vez, fogem a
nosso controle porque suas teclas são muito pequenas ou a tela sensível ao
toque acaba se revelando pouco sensível às nossas mãos calejadas.
Há muitos anos, quando eu ainda estava lá pelos meus 40 e
poucos e comandava o caderno Informática –vivia, portanto, imerso no mundo
nerd, geeek ou quejandos--, abdiquei de experimentar o Blackberry ou qualquer
outro celular supostamente inteligente que tivesse aquele teclado minúsculo a
desafiar minha parca habilidade digital...
Bueno, mais velho e dedicado agora às coisas deste blog para
veteranos, trato de buscar tecnologias que me pareçam confortáveis. Ou mais
baratas, já que, como se sabe, o mundo pós-aposentadoria não é exatamente um
Nirvana financeiro.
Bueno, vai daí que testei dois novos celulares da Microsoft.
O DNA deles é Nokia que, como se sabe, teve sua área de celulares comprada pela
gigante norte-americana. Mas o sistema operacional já é a cria do mundo Bill Gates:
trata-se da versão para celulares do Windows 8.
Dito isso, os dois diferem em muito. Dediquei mais tempo e
atenção ao Lumia 640 XL, que impressiona de cara pelo tamanho. Com 16 cm de
altura, 8 de largura e 0,9 de espessura, é um gigantão perto de meu celular de
trabalho, que tem 11 cm de altura, 6 cm
de largura e os mesmo 0,9 de espessura (medidas aproximadas; as empresas
divulgam os dados em milímetros...).
Apesar do tamanho, é fácil de manejar com uma mão só.
Difícil, para o corredor, é encontrar uma pochete em que aparelho caiba. Mas
consegui.
O principal uso que faço dos celulares, nas corridas, é o
registro de fotos. Com sua câmera de 13 Mpixels (contra os meros 8 Mpixels de
meu aparelho), fez boas imagens, mesmo em momentos de luz e sombra.
Abaixo, mostro um foto de que gostei, tirada durante um treino
de 18 km. Estava cruzando a ponte Cidade Jardim, sobre o rio Pinheiros.
A seguir, fiz um zoom para pegar detalhe da imagem. Como
você vê, ficou bem granulado, o que não é a melhor coisa do mundo. Não dá para
publicar em revista, mas serve para a internet. Há câmeras melhores no que se
refere ao zoom.
Na sequência do treino, depois de cruzar pelo Jockey e
passar pela USP, atravessei de volta o rio Pinheiro pela ponte Cidade
Universitária.
Uma operação de máquina no rio, acho que tratando de aumentar a
profundidade ou pelo menos, dar uma limpada na parte central do leito, me
chamou a atenção. Fiz o videozinho que você pode conferir CLICANDO AQUI.
Além de facilitar a manipulação e edição das imagens, a tela
grande é bem boa para ler, ampliar textos e escrever. Não raras vezes eu troco
teclas quando escrevo em meu telefone; não vou dizer que isso acabou quando
usei o 640 XL, pois nem tudo é culpa da tecnologia, mas me pareceu que diminuiu
o número de falhas.
Enfim, fiquei bastante satisfeito com o aparelho, ainda que
tenha travado algumas batalhas como sistema. O problema é que, como as outras
donas do mundo celular –Apple e Google--, a Microsoft também quer controlar
tudo o que seus usuários fazem; há que fazer cadastros, criar conta, inventar
nome de usuário e produzir senha –processo nem sempre escorreito, para dizer o
mínimo.
Mas dá para encarar. Ah, o preço do aparelho também é bem
encarável, a partir de R$ 726 conforme o local de venda --praticamente o mesmo preço do meu velho
aparelho e menos de um quarto do preço
de um iPhone 6.
Falando em preço, essa é a grande vantagem do outro aparelho
da Microsoft que experimentei, o Lumia 435. É bem menor, do tamanho mais comum
de celular, cabendo fácil na palma da mão. Sua câmera nem de longe é tão boa
quanto a do irmão maior, mas serve para colocar fotinhos nas redes sociais.
E,
se gastar pouco for a principal preocupação do comprador, é uma barganha
(considerando o mercado geral, é claro): a partir de R$ 281. E pode receber dois chips para uso com diferentes operadoras ou códigos de área.
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