Você
aí que acompanha este blog talvez já corra muito mais do que eu e não precisa
de orientação para começar a praticar esportes ou fazer atividade física
moderada três a cinco vezes por semana.
Quem
sabe, porém, aquele colega de trabalho, primo distante, cunhado chato,
conhecida do cabelereiro, enfim, alguém de sua amizade esteja a necessitar de
algum empurrãozinho.
Daí,
moleza, você apresenta este nosso querido blog para seu amigo ou amiga e deixe
que ele se instrua com o excelente artigo a seguir.
O
texto que trago para você é obra do decano da ortopedia esportiva em nosso
país, o doutor João Gilberto Carazzato.
Ele tem tantos títulos e ocupa diversos
cargos em escolas de medicina que nem é bom começar a citar; digo apenas que o
doutor Carazzato participou como médico em três Jogos Olímpicos, quatro edições
do Pan-americano, duas Universíades e vários Sul-americanos e Mundiais de
voleibol.
Tá
bom assim?
Para
satisfação deste seu escriba, o artigo em questão foi escrito pelo mestre
especialmente para meu primeiro blog de corrida. Publicado originalmente lá por
2007, também integra a coletânea de textos que forma meu livro “+Corrida”.
Agora
publico uma versão editada do texto original, mas sem perder nada do conteúdo e
das orientações do nosso amigo médico.
A
partir de agora, fique com o texto do doutor Carazzato
PARA
CORRER, HÁ QUE CAMINHAR PRIMEIRO
O
primeiro passo para quem quer começar um programa de atividade física,
especialmente se a pessoa já estiver em uma faixa etária mais avançada, é
verificar suas condições de saúde.
Uma
avaliação médica com alguns poucos exames laboratoriais
podem considerá-lo apto ou detectar pequenos distúrbios que
devam
ser sanados inicialmente.
Para
o início da atividade física simples, como caminhada, não são necessárias
grandes e complexos esquemas de avaliação cardiocirculatória, tais como teste
ergométrico, detecção dos limites aeróbios e anaeróbios.
Esses testes são muito
importantes nos esportes competitivos e nos programas de atividade física de
alta intensidade, como corrida, e que são determinados por médicos
especialistas em medicina esportiva.
Assim
um início simples pode ser conseguido com a mais rudimentar
das atividades físicas, ou seja, “O ANDAR“ .
Sabemos
que, para haver benefícios cardiocirculatórios, o andar
deve
observar três princípios básicos: freqüência, intensidade e continuidade.
A
freqüência deve ser de um mínimo de três
vezes por semana, se
possível
cinco vezes, mas nunca sete vezes.
A
intensidade ideal seria de 120
passos por minuto.
A
continuidade deve ser conseguida em
todo o ano.
Como
conseguir isto?
Podemos
fazer um protocolo inicial muito simples, que explico a seguir.
Ande
em linha reta por cinco minutos com passos amplos com a
mesma
velocidade que você utiliza no dia a dia. Conte
o número de passos. Vamos chamá-lo de X.
Sabendo
que o ideal seria 120 passos por minuto o total seria 600
passos em cinco minutos. Faça
a diminuição 600 – X = Y.
Ou
seja, Y é o número de passos que faltam para atingir os
600
passos em cinco minutos.
Divida
esse número Y por dez ( ou mais ) dias e teremos Z, que é
o
número de passos que você deve alcançar a cada dia que andar, até atingir
o
número ideal de 120 por minuto em 5 minutos.
Conserve
sempre o tempo de 5 minutos.
Conseguido
o andar com 120 passos por minuto, passe a aumentar
o
tempo em um minuto a cada dia que andar até atingir o tempo que queira
disponibilizar
para sua atividade.
Caso
você não consiga atingir o número de 120 passos por minuto, não desanime.
Estabeleça
o seu limite, que pode ser por exemplo, 80, 90,
ou 100 passos por minuto que será aquele que você deve utilizar.
Bem,
esse é o início.
Posteriormente
poderemos correr, nadar, andar de bicicleta,
fazer
musculação, ginástica especializada ou até as mais diversas modalidades
esportivas.
Comece
de forma simples, que não exija demais de suas condições, para que possa ir
progredindo lenta e gradativamente, sem desgaste, sem estresse, e assim sem
oportunidades para frustrações em não conseguir chegar a alvos que sejam
ambiciosos demais.
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