5.1.17

Com 300 metros de trote, faço primeira corrida do ano

Trezentos metros. Essa foi a conta exata de minha primeira corrida do ano, minha primeira corrida em dois meses, minha primeira corrida desde a dor lancinante que, em seis de novembro de 2016, anunciou que eu estava com uma fratura por estresse no fêmur esquerdo.
Esse tipo de fratura quem cura é o corpo: há que dar tempo para que o osso se regenere. Em média, corpos jovens estão cem por cento depois de dois meses; velhinhos como eu precisam de mais tempo.
Mesmo assim, depois de um exame na tarde de ontem, meu médico acho que eu já estava em condições de experimentar uma corridinha.
Tudo muito conservador, com muita calma, mas de olho na tentativa de completar seiscentos quilômetros até o dia 14 de fevereiro próximo.
Estou atrasado, porque até agora vinha caminhando percurso curtos a cada dia –foram várias etapas de três quilômetros, depois passando para quatro, cinco e seis quilômetros.
Hoje fiz dez quilômetros mais 250 metros (estes apenas para chegar até o ponto do ônibus), mas tudo calibrado , em pequenos blocos, com muita caminhada –mais de 80% do trajeto foi feito caminhando.
Fiz um bloco de dois quilômetros caminhando, depois a primeira corrida do resto de minha vida, o primeiro de seis blocos de 300 metros correndo por 700 metros caminhando. Para completar, mais dois quilômetros caminhando.
Não tive dores, mas a sensação era a de um corpo que começa a acordar. Pensei que não saberia mais como correr, mas a memória do movimento estava lá, viva. E me fui.
Primeiro trecho de 300 metros percorrido a trote no treino de hoje; no total, foram seis blocos de 300 metros corridos

A largada se deu na avenida Brasil, assim que atravessei a Rebouças. Parti um tanto desengonçado, tentando entender o balançar das pernas, o equilíbrio das costas, o mover dos braços.
A parte mais sentida me parece o posterior da coxa. Estava duro, movimentando-se como um pistão enferrujado, segurando meus movimentos.
Eu nunca fui um sujeito flexível, mas aquele músculo estava exagerando. Melhorou no segundo bloco, piorou no terceiro e voltou a melhorar. Vou ter de voltar a fazer alongamento.
E vou ter de voltar a tentar emagrecer. Acho que, tirando lesões de qualquer tipo, o peso é o maior inimigo do corredor. E eu estou com peso demais, assim como faço esforço de menos para emagrecer ou pelo menos controlar.
Já fiz várias tentativas em que tive apoio de nutricionistas. Algumas deram certo ou parcialmente certo –houve redução de peso, mas o objetivo final não foi atingido--, outras foram pura perda de tempo (Tem até uma piada macabra sobre isso, em que o cara diz: “Fiz 15 dias de dieta e perdi... 15 dias”).
Com menos peso, se corre melhor e há menos pressão sobre os músculos e ossos, o esforço geral para correr é menor, o gasto de energia é menor, enfim...
Mas o que fazer em relação àquela torta de brigadeiro ou àquele sorvete cremoso?
“Comer de tudo, mas pouco”, receitam alguns. O que é pouco, cara-pálida?
Neste momento, o que me importa é que, apesar do peso extra, corri 1.800 metros (seis blocos de 300 metros cada um) e não tive nenhuma dor no joelho.
Amanhã vou caminhar os mesmos dez quilômetros, no sábado e no domingo repetirei o treino de hoje. Vamos ver.
É devagar, é demorado. Se funcionar, a gente chega lá.
Vamo que vamo!!!

Percurso do dia 5 de janeiro de 2017
10,25 km percorridos em 1h52min43
Acumulado no projeto 600 aos 60
253,40 km em 52h58min58
Acumulado no projeto 60M60A
30,19 km em 6h00min05

  

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