Olha que era quase só cabeça branca! Quem não estava careca,
tinha cabelos brancos; quem porventura ainda guardasse cinza na juba, tinha a
barba encanecida. Isso, os homens. As mulheres, não: elegantes e decididas,
estavam na frente da caminhada para esse dia de luta dos trabalhadores.
Estou me referindo à briosa turma de aposentados que,
liderada pelos dirigentes do Sindicato Nacional dos Aposentados, participaram
hoje de uma passeata contra os ataques que o governo golpista tenta fazer sobre
os direitos da classe trabalhadora. Como era uma passeata, coisa de caminhada, tratei de me
somar à turma, aposentado que também sou, para juntar mais uma vez a fome com a
vontade de comer: faço meu exercício e contribuo para as lutas democráticas de
nosso país.
Apesar da dor que, de vez em quando, volta a atingir meu
joelho atingido por fratura por estresse, deu para encarar bem a primeira etapa
do percurso, desde o bairro até chegar à sede do sindicato, no histórico prédio
da não menos histórica rua do Carmo, palco de fabulosas jornadas de luta
sindical no século passado.
Tive a oportunidade de fazer uma transmissão ao vivo,
pela internet, entrevistando Carlos Ortiz, presidente do Sindnapi, que por nome
completo é Sindicato Nacional dos Aposentados, pensionistas e Idosos. Confira a
seguir o vídeo de nossa breve conversa.
Nossa passeata saiu rumo ao encontro de outras passeatas,
todas convergindo para o viaduto Santa Ifigênia, em frente à sede da Superintendência
do INSS.
Ali foi a grande concentração do Dina Nacional de Luta, uma manifestação organizada e promovida de forma conjunta e unitária por todas as centrais sindicais.
Ali foi a grande concentração do Dina Nacional de Luta, uma manifestação organizada e promovida de forma conjunta e unitária por todas as centrais sindicais.
Não tinha muita gente, talvez umas mil pessoas, na minha
avaliação. Ao que parecia, cada central levou uma espécie de grupo
representativa, com militantes e ativistas sindicais de diversas entidades –uma
espécie de reunião de delegados e ativistas.
De fato, o ato era mais uma demonstração de unidade do movimento sindical do que de força de
massa –essa, segundo me disseram alguns dirigentes, ainda está nas fábricas, onde
as manifestações começam na madrugada de hoje.
Veja, a seguir, depoimentos de dois importantes líderes, um comandante dos metalúrgicos, outra dirigente do movimento feminino.
A jornada de hoje, explica o site dos metalúrgicos, é
denominada “Dia Nacional de Mobilizações e Paralisações pelos Direitos”.
A pauta da mobilização é: Nenhum direito a menos na reforma
da Previdência; Contra a reforma Trabalhista, que retira direitos; Menos Juros;
Mais empregos; e Em defesa da Saúde e da Educação.
Além dos atos unificados, sindicatos e associações lideraram
paralisações em fábricas e empresas, por pelo menos uma hora, para explicar aos
trabalhadores a luta por mais empregos e informar sobre a questão das reformas trabalhista
e da Previdência.
Além, é claro, de trazer ativistas e militantes para as
manifestações mais amplas. Dona Ivanete, conhecida em sua turma como “Colega”,
era um deles. Veja no vídeo ao lado o que ela me disse.
Muita gente determinada e corajosa esteve na manifestação, como as figuras a seguir:
Encerro com o grito dos aposentados:
Vamo que vamo!!!
600
aos 60 – etapas 11 e 11A – 2016 nov 25
8,11 km caminhados em 1h44min30
Quilometragem acumulada: 43,27 km
Tempo acumulado: 8h45min47
No comments:
Post a Comment