Hoje o dia acordou feliz. Não tinha sol, não tinha
chuva, estava nublado, com temperatura amena: ótima para mais uma caminhada de
um corredor que não pode correr.
Mal terminei o café da manhã, porém, e tratei de calçar
os sapatos de caminhada, e as nuvens se debulharam em chuva.
Êpa, opa!, me disse eu, já ensaiando ficar no resguardo,
para evitar que uma reincidente gripe volte a me atacar.
Mas as águas pararam, e eu me fui.
Caminhadinha curta em circuito conhecida, boa para
fazer algumas reflexões sobre a prática esportiva.
Muitas vezes me perguntam como é que se faz para começar a correr ou
para iniciar um programa de caminhadas.
A resposta é óbvia, ainda que aparentemente poética: “Dando
o primeiro passo”.
Pode parecer algo acaciano –e talvez seja--, mas isso
nãol basta. O primeiro passo não é suficiente para sustentar um programa
pessoal de combate à preguiça pessoal e ao sedentarismo.
A coragem maior –e a vida exige coragem, ensina
Guimarães Rosa—é acordar no dia seguinte e mais uma vez sair. Ou ainda acordar
para o dia de chuva, voltar à cama e preguiçar, mas no dia seguinte estar
pronto para encarar o asfalto, a trilha, a praça, a praia.
Quem deseja iniciar um programa de combate ao
sedentarismo pode começar por uma consulta ao médico, especialmente se já
estiver passado dos 50 anos –mesmo antes, é sempre recomendável fazer uma
avaliação geral da condição física.
Se houver condições financeiras e interesse em atingir
algum tipo de desempenho esportivo, é bom buscar ajuda profissional.
Para maioria de nós, porém, que deseja apenas ficar em
paz com sua saúde e ganhar um tempo para deixar que os pensamentos voem, basta
sair a caminhar. Bastam de três a cinco sessões por semana, de meia hora cada
uma, com exercícios leves a moderados, para o corpo já começar a anunciar
sinais de melhora, para aumentar a disposição e a vontade de viver.
Aos poucos, a gente vai querendo mais. Ampliar as
caminhadas ou passar às corridas. Tudo precisa ser feito com calma,
progressivamente, sem sobressaltos que sobressaltem o corpitcho. Mas dá para
encarar.
O mais importante é resistir à preguiça, mantendo a
constância no exercício, mesmo que cada dia seja a mesma coisa.
Depois de várias repetições –três ou quatro semanas,
por exemplo, com caminhadas de meia hora três vezes por semana--, é bom dar um
descanso ao corpo. Diminuir por uma semana o número de dias, para ter melhores
condições de aumentar na semana seguinte.
Enfim, é preciso saber ouvir o corpo e colocar na
cabeça esse mantra: repetição e constância, recomeçar e seguir em frente, mais
um dia, mais um vez.
Para alguns, funciona colocar uma meta –é o que estou
fazendo com este projeto de tentar percorrer distância equivalente à de
sessenta maratonas, combinado com o de tentar chegar aos seiscentos quilômetros
até 14 de fevereiro próximo. Para outros, isso é bobagem.
Enfim, cada um com seu cada qual.
Vamo que vamo!
600
aos 60 – etapa 9 – 2016 nov 23
3,05 km caminhados em 35min59
Quilometragem acumulada: 32,05 km
Tempo acumulado: 6h24min16
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