23.11.16

Repetição e constância são essenciais para iniciante no mundo das corridas

Hoje o dia acordou feliz. Não tinha sol, não tinha chuva, estava nublado, com temperatura amena: ótima para mais uma caminhada de um corredor que não pode correr.
Mal terminei o café da manhã, porém, e tratei de calçar os sapatos de caminhada, e as nuvens se debulharam em chuva.
Êpa, opa!, me disse eu, já ensaiando ficar no resguardo, para evitar que uma reincidente gripe volte a me atacar.
Mas as águas pararam, e eu me fui.
Caminhadinha curta em circuito conhecida, boa para fazer algumas reflexões sobre a prática esportiva.
Muitas vezes me perguntam  como é que se faz para começar a correr ou para iniciar um programa de caminhadas.
A resposta é óbvia, ainda que aparentemente poética: “Dando o primeiro passo”.
Pode parecer algo acaciano –e talvez seja--, mas isso nãol basta. O primeiro passo não é suficiente para sustentar um programa pessoal de combate à preguiça pessoal e ao sedentarismo.
A coragem maior –e a vida exige coragem, ensina Guimarães Rosa—é acordar no dia seguinte e mais uma vez sair. Ou ainda acordar para o dia de chuva, voltar à cama e preguiçar, mas no dia seguinte estar pronto para encarar o asfalto, a trilha, a praça, a praia.
Quem deseja iniciar um programa de combate ao sedentarismo pode começar por uma consulta ao médico, especialmente se já estiver passado dos 50 anos –mesmo antes, é sempre recomendável fazer uma avaliação geral da condição física.
Se houver condições financeiras e interesse em atingir algum tipo de desempenho esportivo, é bom buscar ajuda profissional.
Para maioria de nós, porém, que deseja apenas ficar em paz com sua saúde e ganhar um tempo para deixar que os pensamentos voem, basta sair a caminhar. Bastam de três a cinco sessões por semana, de meia hora cada uma, com exercícios leves a moderados, para o corpo já começar a anunciar sinais de melhora, para aumentar a disposição e a vontade de viver.
Aos poucos, a gente vai querendo mais. Ampliar as caminhadas ou passar às corridas. Tudo precisa ser feito com calma, progressivamente, sem sobressaltos que sobressaltem o corpitcho. Mas dá para encarar.
O mais importante é resistir à preguiça, mantendo a constância no exercício, mesmo que cada dia seja a mesma coisa.
Depois de várias repetições –três ou quatro semanas, por exemplo, com caminhadas de meia hora três vezes por semana--, é bom dar um descanso ao corpo. Diminuir por uma semana o número de dias, para ter melhores condições de aumentar na semana seguinte.
Enfim, é preciso saber ouvir o corpo e colocar na cabeça esse mantra: repetição e constância, recomeçar e seguir em frente, mais um dia, mais um vez.
Para alguns, funciona colocar uma meta –é o que estou fazendo com este projeto de tentar percorrer distância equivalente à de sessenta maratonas, combinado com o de tentar chegar aos seiscentos quilômetros até 14 de fevereiro próximo. Para outros, isso é bobagem.
Enfim, cada um com seu cada qual.

Vamo que vamo!



600 aos 60 – etapa 9 – 2016 nov 23

3,05 km caminhados em 35min59

Quilometragem acumulada: 32,05 km

Tempo acumulado: 6h24min16


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