“#ForçaChape”, vi no painel eletrônico de um dos relógios
de rua da avenida Paulo 6º, na zona oeste de São Paulo, na manhã de hoje. A
morte e o luto estavam presentes na minha caminhada, estão presentes no
sofrimento de todo o Brasil, que acompanha com dor solidária a tragédia que se
abateu sobre o time da Chapecoense.
“O avião que transportava a delegação da Chapecoense para
Medellín, na Colômbia, sofreu um acidente na madrugada desta terça-feira (29).
Segundo autoridades colombianas, há 75 mortos e seis sobreviventes. O avião da
LaMia, matrícula CP2933, decolou de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, com 81
pessoas a bordo: 72 passageiros e 9 tripulantes.”
A notícia, publicada no site G1, segue:
“O voo que transportava a equipe da Chapecoense partiu na
noite de segunda-feira de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, em direção a
Medellín. Segundo a imprensa local, a aeronave
perdeu contato com a torre de controle às 22h15 (local, 1h15 de
Brasília), entre as cidades de La Ceja e Abejorral, e caiu ao se aproximar do
Aeroporto José Maria Córdova, em Rionegro, perto de Medellín. O Comitê de
Operação de Emergência (COE) e a gerência do aeroporto informaram que a
aeronave se declarou em emergência por falha técnica às 22h (local) entre as
cidades de Ceja e La Unión.
“Os motivos do acidente ainda são desconhecidos. A imprensa
colombiana chegou a cogitar possível falta de combustível como causa do
acidente, mas também informou que o piloto despejou combustível após perceber
que o avião iria cair. Uma operação de emergência foi ativada para atender ao
acidente.
“O time da Chapecoense embarcou para a Colômbia na noite de
segunda (28), para disputar a primeira partida da final da Copa Sul-Americana,
contra o Atlético Nacional, na quarta (30). Inicialmente, o voo iria
diretamente de Guarulhos (SP) para Medellín, mas o voo foi vetado pela Agência
Nacional de Aviação Civil (Anac). Em razão do veto, a equipe tomou um voo
comercial até a Bolívia e, de lá, o grupo pegou o voo da LaMia.”
O canal Fox Sports informou que o avião que levava a
delegação do Chapecoense TAM,bem transportava 22 jornalistas brasileiros que
cobririam a partida contra o Atlético Nacional (COL): “Seis profissionais do Fox
Sports, três da TV Globo, quatro da RBS, um do Globoesporte.com e oito
jornalistas de rádios locais estavam no avião. Entre os nomes mais conhecidos
estavam o repórter Victorino Chermont, o narrador Deva Pascovicci e os
comentaristas Paulo Julio Clement e Mário Sérgio, todos do canal Fox Sports”.
Jogador de altíssima
qualidade e elegância, Mário Sérgio se manteve fiel ao futebol depois de sua
aposentadoria como atleta profissional: trabalhou com treinador e agora atuava
como comentarista esportivo.
Os gremistas lembramos dele como carinho, emoção e orgulho:
foi peça fundamental no time montado em 1983 para disputar –e vencer—o Mundial
de clubes. Para Mário Sérgio, foi uma espécie de redenção, como ele conta em
reportagem publicada em 2013 pelo Globo Esporte Reproduzo a seguir alguns
trechos da história:
“Abordado por uma moto desenfreada, Mário Sérgio cai de sua bicicleta, quebra quatro costelas e tem um pulmão perfurado. Eram 1h30m da madrugada de setembro de 2013. Saiu da sua familiar Lagoa da Barra, no Rio de Janeiro, quase sem ar, roubado pelos ladrões e direto para uma sala de cirurgia. Era para ganhar alta em uma semana, mas precisou de mais 20 dias, vítima de infecção hospitalar. Mas se recuperou. E despertou novamente à vida.
“Abordado por uma moto desenfreada, Mário Sérgio cai de sua bicicleta, quebra quatro costelas e tem um pulmão perfurado. Eram 1h30m da madrugada de setembro de 2013. Saiu da sua familiar Lagoa da Barra, no Rio de Janeiro, quase sem ar, roubado pelos ladrões e direto para uma sala de cirurgia. Era para ganhar alta em uma semana, mas precisou de mais 20 dias, vítima de infecção hospitalar. Mas se recuperou. E despertou novamente à vida.
“- Quase morri - confidencia.
“O telefone toca. Do outro lado da linha, a voz rouca do
parceiro Valdir Espinosa, seu colega nos tempos de Vitória, então técnico do
Grêmio. O tempo voa para trás, é segundo semestre de 1983. Aos 33 anos,
disposto a encerrar a carreira na Ponte Preta, Mário Sérgio recebe o convite
para jogar o Mundial Interclubes pelo Grêmio. Caía em seu colo, macio como seus
passes, um improvável despertar para o futebol. O próprio Espinosa revela, 30
anos depois:
“- Ninguém queria o Mário Sérgio no Grêmio. Eu que insisti.
Na primeira vez que falei, todo mundo pipocou: 'Ah, ele é isso, aquilo, é
bagunceiro...'. Mas eu conhecia ele. Joguei com ele, morei com ele. Eu
reconhecia nele a sua qualidade extraordinária. Jogar contra alemão só com
força não adianta. Tem que ter técnica para contrapor. Precisávamos do Mário
Sérgio.
“- Era a minha última chance de ser campeão do mundo.
Faltava isso na minha carreira, um título mundial. E o Grêmio me deu isso, Foi
a minha maior alegria, meu grande título - conta o ex-meia.”
Fica aqui um abraço amigo a todos os familiares, parentes e
amigos das vítimas do acidente –o Brasil inteiro.
#FORÇACHAPECÓ!
VAMO QUE VAMO!
600
aos 60 – etapa 15 – 2016 nov 29
3,40 km caminhados em 40min36
Quilometragem acumulada: 57,21 km
Tempo acumulado: 11h40min02
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