26.11.16

FIDEL! FIDEL! FIDEL! Presente, agora e sempre!!!

O mundo amanheceu mais triste hoje, com a notícia da morte de Fidel Castro Ruiz, até ontem o maior símbolo vivo, em nosso planeta, da coragem, do heroísmo, da generosidade, da fraternidade, da gentileza, do desprendimento e da disposição de trabalhar e de se entregar inteiro na construção de um mundo mais justo e democrático, mais divertido e mais humano.
Herói dos trabalhadores e do povo, Fidel entra para a história como um dos grandes arquitetos do mundo moderno, ao lado de Marx e Lênin, Stalin, Mao e Ho Chi Min.
O anúncio da morte foi feito pelo seu irmão, Raul, presidente de Cuba, às 22h29 de ontem, em transmissão pela TV cubana (ASSISTACLICANDO AQUI):
Querido pueblo de Cuba:
Con profundo dolor comparezco para informar a nuestro pueblo, a los amigos de nuestra América y del mundo, que hoy 25 de noviembre del 2016, a las 10:29 horas de la noche, falleció el Comandante en Jefe de la Revolución Cubana, Fidel Castro Ruz.
En cumplimiento de la voluntad expresa del compañero Fidel, sus restos serán cremados.
En las primeras horas de mañana sábado 26, la Comisión Organizadora de los funerales brindará a nuestro pueblo una información detallada sobre la organización del homenaje póstumo que se le tributará al fundador de la Revolución Cubana.
¡Hasta la victoria siempre!



Minha caminhada de hoje foi chorosa e dolorida, dedicada a esse gigante que povo os sonhos de adolescentes, homens e mulheres do mundo inteiro ao anunciar, comandar, defender e garantir a revolução libertária, a vitória contra tudo e contra todos. No início da adolescência, bebi e comi cada palavra do livro “A Ilha”, de jornalista Fernando Morais, um dos primeiros relatos públicos sobre a esperança socialista se tornando realidade concreta e apaixona numa pequena ilha caribenha.
Fidel foi um formulador, gênio do discurso, advogado da justiça. Se você não leu ainda, não deixe de conhecer a famosa peça de defesa que produziu contra as acusações que lhe foram impingidas pela ditadura de Fulgêncio Batista. Clique AQUI para saber um pouco sobre as circunstâncias do julgamento; clique AQUI para ter acesso ao texto “A História Me Absolverá”, em espanhol.

O escritor Eduardo Galleano, autor de “As Veias Abertas da América Latina”, retratou Fidel com as seguintes palavras:
Seus inimigos dizem que foi rei sem coroa e que confundia a unidade com a unanimidade.
E nisso seus inimigos têm razão.
“Seus inimigos dizem que, se Napoleão tivesse tido um jornal como o Granma, nenhum francês ficaria sabendo do desastre de Waterloo.
“E nisso seus inimigos têm razão.
“Seus inimigos dizem que exerceu o poder falando muito e escutando pouco, porque estava mais acostumado aos ecos que às vozes.
“E nisso seus inimigos têm razão.
“Mas seus inimigos não dizem que não foi para posar para a História que abriu o peito para as balas quando veio a invasão, que enfrentou os furacões de igual pra igual, de furacão a furacão, que sobreviveu a 637 atentados, que sua contagiosa energia foi decisiva para transformar uma colônia em pátria e que não foi nem por feitiço de mandinga nem por milagre de Deus que essa nova pátria conseguiu sobreviver a dez presidentes dos Estados Unidos, que já estavam com o guardanapo no pescoço para almoçá-la de faca e garfo.
“E seus inimigos não dizem que Cuba é um raro país que não compete na Copa Mundial do Capacho.
“E não dizem que essa revolução, crescida no castigo, é o que pôde ser e não o quis ser. Nem dizem que em grande medida o muro entre o desejo e a realidade foi se fazendo mais alto e mais largo graças ao bloqueio imperial, que afogou o desenvolvimento da democracia a la cubana, obrigou a militarização da sociedade e outorgou à burocracia, que para cada solução tem um problema, os argumentos que necessitava para se justificar e perpetuar.
“E não dizem que, apesar de todos os pesares, apesar das agressões de fora e das arbitrariedades de dentro, essa ilha sofrida, mas obstinadamente alegre, gerou a sociedade latino-americana menos injusta.
E seus inimigos não dizem que essa façanha foi obra do sacrifício de seu povo, mas também foi obra da pertinaz vontade e do antiquado sentido de honra desse cavalheiro que sempre se bateu pelos perdedores, como um certo Dom Quixote, seu famoso colega dos campos de batalha.” (Do livro “Espelhos, uma história quase universal”)
Aqui no Brasil, a presidenta eleita Dilma Rousseff publicou a seguinte mensagem: “Sonhadores e militantes progressistas, todos que lutamos por justiça social e por um mundo menos desigual, acordamos tristes neste sábado, 26 de novembro. A morte do comandante Fidel Castro, líder da revolução cubana e uma das mais influentes expressões políticas do século 20, é motivo de luto e dor. Fidel foi um dos mais importantes políticos contemporâneos e um visionário que acreditou na construção de uma sociedade fraterna e justa, sem fome nem exploração, numa América Latina unida e forte. Um homem que soube unir ação e pensamento, mobilizando forças populares contra a exploração de seu povo. Foi também um ícone para milhões de jovens em todo o mundo. Meus mais profundos sentimentos à família Castro, aos filhos e netos de Fidel, ao seu irmão Raul e ao povo cubano. Minha solidariedade e carinho neste momento de dor e despedida. Hasta siempre, Fidel!”

O ex-presidente Lula também manifestou seu pesar:
DESCANSE EM PAZ, COMPANHEIRO FIDEL
“Morreu ontem o maior de todos os latino-americanos, o comandante em chefe da revolução cubana, meu amigo e companheiro Fidel Castro Ruz.
“Para os povos de nosso continente e os trabalhadores dos países mais pobres, especialmente para os homens e mulheres de minha geração, Fidel foi sempre uma voz de luta e esperança.
“Seu espírito combativo e solidário animou sonhos de liberdade, soberania e igualdade. Nos piores momentos, quando ditaduras dominavam as principais nações de nossa região, a bravura de Fidel Castro e o exemplo da revolução cubana inspiravam os que resistiam à tirania.
“Eu o conheci pessoalmente em julho de 1980, em Manágua, durante as comemorações do primeiro aniversário da revolução sandinista. Mantivemos, desde então, um relacionamento afetuoso e intenso, baseado na busca de caminhos para a emancipação de nossos povos.
“Sinto sua morte como a perda de um irmão mais velho, de um companheiro insubstituível, do qual jamais me esquecerei.
“Será eterno seu legado de dignidade e compromisso por um mundo mais justo.
“Hasta siempre, comandante, amigo e companheiro Fidel Castro.”
Encerro reproduzindo texto publicado no Portal Cuba. Tomo a liberdade de colocar nele novo título, mas mantenho o original em espanhol. Tenho certeza de que você vai entender tudo.

COMANDANTE EM JEFE, ORDENE!
“Fidel Castro murió. Cuba y millones de seres humanos alrededor del mundo lloran hoy su partida.
“El hombre que dedicó toda su vida a luchar contra la injusticia, que se erigió como el líder indiscutible de los que no tienen voz, dejó de existir a los 90 años de edad.
“Desde hoy, su estrella legendaria de comandante brillará en el firmamento, y su nombre quedará inscripto por siempre, como memoria imperecedera de los que aspiran a un mundo más justo y mejor.
“Fidel, estudiante rebelde, abogado revolucionario, comandante guerrillero, comunista convencido, líder de todo un pueblo que lo siguió desde el primer día, dijo adiós a la vida dejándonos su ejemplo de persistencia, su radicalismo y sobre todo, su luz eterna de pensador y futurista, que dedicó casi 70 años de su vida a la construcción de su mejor y más completa obra: la Revolución cubana.
“Amado por su pueblo y odiado por sus enemigos, Fidel conquistó el respeto de todos, con esa fuerza moral que lo caracterizó durante toda su vida, siendo protagonista de primera fila en los principales acontecimientos que vivió Cuba en los últimos 60 años.
“El imperialismo jamás le perdonó su permanente irreverencia ante la injusticia, su lealtad a los humildes y su fidelidad a la independencia y soberanía de su Patria, de ahí que pretendieran asesinarlo en más de 600 ocasiones, pero nuestro Fidel era un hombre que estaba por encima de los deseos mezquinos de sus enemigos, y sobrevivió victorioso a cada intento.
“Martiano hasta la médula, se inspiró en el Héroe Nacional cubano, José Martí, para cimentar su pensamiento ideológico, que terminó siendo la guía que tomó esta isla irredenta en el duro camino de la libertad.
“Aún nos cuesta asumir su muerte como un hecho real. Quizás porque recordamos a Martí cuando afirmó que 'la muerte no es verdad cuando se ha cumplido bien la obra de la vida'. Por eso Fidel jamás dejará de estar entre nosotros, por las eternidades.
“A pesar que nos repitan mil veces que Fidel está muerto, seguiremos repitiendo con gallardía: ¡Comandante en Jefe, Ordene!”
VAMO QUE VAMO!!!


600 aos 60 – etapa 12 – 2016 nov 26

3,74 km caminhados em 44min

Quilometragem acumulada: 47,01 km


Tempo acumulado: 1h29min47

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